PBPI 09 - Plantar Igreja Não Depende de Dinheiro, nem de Pastor, nem de Templo

8 de abril de 2025

PLANTAR IGREJA NÃO DEPENDE DE DINHEIRO, NEM DE PASTOR, NEM DE TEMPLO

“Eu, Paulo, e Timóteo, servos de Cristo Jesus, escrevemos esta carta para todos os moradores da cidade de Filipos que pertencem ao povo de Deus e que creem em Cristo Jesus e também para os bispos e diáconos da igreja.”

Filipenses 1:1 NTLH


10 anos após passar por Filipos e pregar o Evangelho deixando os novos convertidos Lídia, o carcereiro e suas famílias e, possivelmente, a jovem liberta dos espíritos, o apóstolo Paulo escreve esta epístola agora a uma igreja com líderes e liderados. O apóstolo não ficou ali pastoreando e ensinando por todos estes anos. Assim, entendemos que o Evangelho expandiu-se naquela cidade pela iniciativa daqueles primeiros convertidos.


Em algumas estratégias de plantação de igrejas a figura do Pastor é imprescindível para seu início. Desta forma, a demanda por recursos financeiros é vital, não apenas para sua manutenção e moradia, como também para o local das reuniões, que requer ou uma casa de grandes proporções ou um local específico para os cultos elevando as despesas sobremaneira e inibindo novos Projetos de plantação de novas igrejas, visto que as igrejas já estabelecidas, em muitas situações, lutam com suas finanças para manterem-se vivas, quanto mais pensarem em um novo investimento.


Então, o PBPI projeta o local definitivo para cultos, construído ou locado, apenas para depois de completadas algumas fases (descritas no post Estratégia 4x4x4 para a Plantação de Igrejas).


Também, o obreiro pastor é vislumbrado para depois de algumas etapas; se antes, durante ou depois da definição do local de cultos não é o mais importante, desde que se cumpram as fases iniciais.


É depois do 5°. ano que o maior investimento financeiro será necessário. Desta forma, a igreja-mãe ou a liderança denominacional percebe que o custo de uma nova igreja torna-se muito menor ou, simplesmente, inexiste, pois haverá todo um resultado de novos crentes participativos e atuantes, que se envolverão no custo financeiro desta etapa com seus dízimos e ofertas.


Aliás, durante as fases se estabelecendo, este custo financeiro da plantação de uma nova igreja não recai, em momento algum, sobre a igreja-mãe ou liderança denominacional. Tudo é feito com os recursos advindos da própria igreja plantada com os novos convertidos.


O início é feito com apenas 2 famílias de crentes sadios e maduros na fé. Uma família sendo líder com mais uma de apoio. Eles são da igreja-mãe.


Trabalham, estudam, moram, relacionam-se, passeiam, adoecem … Enfim, vão realizar o trabalho sem deixar de terem suas próprias vidas, no tempo que determinarem para aplicarem cada fase e método relacionado. Não recebem por isso. Investem o que são e o que têm para a expansão do Evangelho. Transferem suas experiências para os novos convertidos e estes crescem na vida cristã e nas suas responsabilidades por seguirem o exemplo dos membros mais experimentados e que lideram o trabalho.


Sobre a seleção e preparo das duas famílias trataremos em um post específico.


Em resumo, a plantação de uma igreja pelo PBPI segue a seleção de 2 famílias, sendo 1 família líder e a outra de apoio. Seguem as fases explicitadas. Arrebanham novos convertidos e os envolvem responsavelmente nos trabalhos da nova igreja e causam a integração destes na membresia da igreja-mãe. Investem o que têm e realizam dentro deste potencial seguindo as fases e ampliando gradativamente as iniciativas. Não há dependência financeira da Igreja-mãe ou liderança denominacional para o desenvolvimento das fases. Depois de completadas as fases, determinam despesas com obreiro pastor e local definitivo de culto procurando, de todas as formas, não depender para isso de qualquer investimento de outros.


Isto soa agressivo demais aos nossos ouvidos educados denominacionalmente para considerar que a abertura de uma igreja precisa do engajamento da MEAN e da MEAR, com o investimento financeiro para aquisição de imóvel e implantação por pastor local. Como já mencionei, os caminhos são variados e não devemos nos deter na análise do que já está sendo feito historicamente. Meu esforço é para uma nova proposta. Haverão aqueles que se enraizarão no processo mais histórico, porém estou propondo um caminho novo.


O PBPI concebe a abertura de igrejas prioritariamente por famílias de membros e líderes locais não impedindo que pastores venham a participar deste formato. Mas eu reafirmo que a ICEB precisa, sem abrir mão de conceitos históricos que ainda funcionam, olhar para dentro de suas igrejas locais e ver o melhor que temos: famílias de crentes saudáveis na fé que, repetidamente, só estão engajados nos trabalhos locais. A separação destas famílias para o convencimento da expansão do Evangelho pela plantação de uma nova igreja irá potencializar o crescimento numérico e de igrejas da ICEB. Em uma década poderemos saltar, em bom percentual de crescimento, do patamar que nos encontramos hoje.

Concordo que é difícil pensar numa ideia tão diferente do que praticamos há anos, mas é imprescindível que, ao menos, sejam abertos diálogos e análise desta possibilidade. Eu sei que isso traz resultados surpreendentes pois experimentei na prática, mas o que importa agora é que percebamos que há nesta proposta uma Eclesiologia saudável e bíblica, embora assimétrica da cultura denominacional.



Falando assim, tudo parace tão fácil e superficial. De jeito nenhum! Requer uma visão completa do projeto, quando todos os princípios são cuidadosamente aplicados e continuamente acompanhados. Portanto, nos próximos posts vamos desenvolver melhor estes temas.


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