PBPI 04 - A Força do Leigo na Plantação de Igrejas
A FORÇA DO LEIGO NA PLANTAÇÃO DE IGREJAS

O PBPI tem seu pilar no envolvimento de famílias leigas na promoção do Evangelho a partir de uma visão da Igreja Local que, por seu Pastor e Presbíteros, conduzem uma reação favorável de toda a igreja ao IDE de Jesus.
Após Pastor e Presbíteros definirem, em oração e com base na Palavra estudada exaustivamente, que de fato estarão à frente da ação de uma nova igreja, dá-se a divulgação, à congregação, do Projeto com seus detalhes, levando ao desafio de orarem juntos e terem uma série de mensagens que corroborem o IDE de Jesus. Depois de um período determinado, faz-se a consulta pública para se ter a confirmação da congregação para a abertura de uma nova igreja.
Em sendo aprovada a iniciativa, lança-se o desafio de vocação às famílias que serão engajadas no programa, sempre com a orientação de que duas famílias trabalham em equipe numa BASE, nome dado ao núcleo de evangelização, e com as características fundamentais requeridas destas famílias, como: casais com filhos, todos crentes e envolvidos na igreja, que demonstrem bom conhecimento bíblico e participação frequente nos trabalhos da congregação, que sejam dizimistas fiéis e tenham aprovação do Conselho Espiritual.
Dá-se um prazo para reuniões de oração com estudos da Palavra que embasem o desafio às famílias. Estas se apresentarão diretamente ao Pastor que consultará o Conselho de Presbíteros. Tem-se então a definição de, ao menos, duas famílias para a primeira Base. Mais pares de famílias formarão novas Bases, o que pode ser simultaneamente.
Quando se tem as Bases definidas é hora da capacitação das famílias. Com um programa de treinamento definido, o PBPI é explicado detalhadamente, os materiais de estudo bíblico são apresentados, as revistas da Editora Cristã Evangélica entregues, os Formulários e Relatórios são explicados. A agenda de encontros é definida. É um tempo de treinamento sem pressa, deixando as famílias bem seguras.
Ao darem início à Base, os encontros são feitos inicialmente entre as duas famílias, e elas já tomam a iniciativa de convidarem amigos e vizinhos para estes encontros. São reuniões informais, organizadas segundo a orientação do PBPI. São alternadas nos lares e o foco sempre é o convidado com vistas a levá-lo a compreender sua necessidade de salvação e compromisso com Cristo.
Os resultados são solidificados na doutrina inicial e, na medida do possível, integrados na igreja-mãe, primeiramente em eventos festivos da igreja, depois em reuniões e cultos ordinários. A igreja recebe o visitante naturalmente sem nenhuma cobrança ou pressão de participação. Mantem-se os encontros da Base.
Embora os encontros nas Bases se pareçam com os tradicionais Grupos Pequenos ou Familiares, não é para se ter a participação de outros crentes da igreja nas reuniões. Participações especiais do Pastor e Presbíteros são para palestras de temas especiais. Conforme permitam, os novos frequentadores abrirão suas casas para os encontros.
Todo o material de Estudo já está previamente definido. Relatórios serão preenchidos sem que tomem a atenção nos encontros e serão apresentados nas reuniões mensais com o Pastor e Conselho de Presbíteros. O programa do PBPI é seguido progressivamente.
A Base é acompanhada sistematicamente pelo Pastor e Presbíteros e, à medida que o programa é executado, vai-se evidenciando a oportunidade de ser uma nova congregação ou simplesmente haverá uma integração dos novos convertidos na igreja-mãe. Com isso afirmo que nem todas as Bases serão uma nova igreja plantada; algumas simplesmente atrairão novos convertidos a Cristo e estes serão membros ativos na igreja-mãe. O que se deve ter em mente é que o projeto visa, sim, primordialmente, a abertura de novos núcleos de igrejas.
Há uma tranquilidade na igreja-mãe quanto à perspectiva de ter uma nova congregação enquanto as Bases vão operando, lembrando que a visão de serem uma congregação já está no programa do PBPI desde os primeiros encontros, bem como a disposição de serem o que a Base mesmo tiver potencial para ser, dependendo do mínimo, ou quase nada, de recursos da igreja-mãe.
Assim temos um laboratório, um nascedouro, um viveiro, que traz toda a segurança para se vislumbrar uma nova congregação.
Eu sei que este ponto é bastante sensível nas igrejas, pois muitas, por perderem a visão de multiplicação, trazem um cordão umbilical desnecessário em relação aos seus membros. Querem tê-los sempre pertos e sofrem absurdamente ao conceberem que se aquele nascedouro vingar, podem ¨perder¨ aquele membro e tudo que aquela família oferecia à igreja local.
Assim, eu só posso pedir que sejam obedientes aos princípios bíblicos e posso compartilhar o testemunho de tantos que viram suas igrejas locais crescerem sobrenaturalmente enquanto abriam novas igrejas. É um mistério isso. Mas creio que Deus assim o quer e assim abençoa igrejas que envolvem seus membros e famílias com a expansão do Evangelho.