PBPI 02 - Igrejas Plantam Igrejas

8 de abril de 2025

IGREJAS PLANTAM IGREJAS

Na história da ICEB há igrejas que facilmente nos vêm à mente quando o assunto é plantação de novas igrejas. Para não alongarmos demais nossa lista, destaco duas delas: a ICE Central de São José dos Campos SP e a de Palmeiras GO. São inúmeras cidades e bairros alcançados pela visão e ação dessas igrejas no propósito de sustentarem a abertura de novos campos. Mas, por que estas ações tão intensas não se propagaram nestes últimos 30 anos e nem influenciaram intensamente outras igrejas?

Vejamos o outro pólo da nossa história. Foram as MEARs e a MEAN que neste período de 1991 a 2020 que mais tomaram a iniciativa de Projetos de abertura de novos campos.


Em São Paulo, entre 1971 e 1990, tivemos duas iniciativas. Uma com o Missionário Estevan Veness que plantou igrejas no bairro do Parque das Nações, na capital, e na cidade de Franco da Rocha, Grande São Paulo. Outra iniciativa está na baixada, na região da Praia Grande, onde a ICE Boqueirão, com uma visão e ação destacada de um membro, Roberto Shoji, abriu os campos de Vila Antártica e Curva do S.


No plano Nacional, na década 2001-2010 a MEAN promoveu a maior iniciativa denominacional já vista, com respeito a plantação de igrejas, chegando a dezenas de campos abertos simultaneamente com obreiros em cada campo. Com Manutenção advinda de uma coordenação nacional e muito recurso missionário advindo da Editora Cristã Evangélica, formou-se uma bolha que acumulou algumas displicências de obreiros nos seus campos, simplesmente não produzindo nada nos anos que estiveram no campo, embora recebendo os subsídios mensalmente, além de um cronograma de proposta para a auto-suficiência incapaz de construir ministérios com independência financeira, aliás, constatou-se que este cronograma não estava amarrado a nada e a ninguém, apenas a MEAN, isto é, eram campos que não estavam sob coordenação de MEARs. A bolha estourou e alguns desses campos foram descontinuados e outros alocados em Regionais que precisavam assumir sua coordenação e custos, mas a MEAN continuou a investir por alguns anos seguintes.


Em São Paulo, com a organização regional do caixa da MEAR com o setor EXPANDIR recebendo destinação mensal de verba obrigatória, criou-se a expectativa de que a MEAR encabeçaria e endossaria o projeto regional de plantação de um novo campo. Com a maioria de suas igrejas regionais com dificuldades para crescerem internamente e subirem sua classificação de qualidades, os anseios de novas igrejas se limitaram ao que a MEAR ditava e ainda dita até hoje e tem para oferecer. Será difícil uma igreja em São Paulo se habilitar para a plantação de uma nova igreja se se estabelecer um cronograma curto de investimento da verba da MEAR para a estruturação e manutenção deste novo campo, pois as igrejas, em 50 anos em São Paulo perderam o foco da multiplicação e lutam, intensamente, pela própria manutenção e auto-existência.


A MEAN não pode e não deve mais se apresentar como mantenedora de projetos de plantação de igrejas locais e deve orientar que suas MEARs assim também o façam. Antes, deve ser promotora de visão, capacitação, validação de uma METANÓIA denominacional, que através de literatura, mídias, intranet, fóruns, congressos, convenções e pela definição de uma Secretaria Nacional para Plantação de Igrejas, promover uma visão com formação regionalizada para líderes e membros locais mesclada com formação por EAD nacional, com um programa longo de gerenciamento de dados.


Este programa denominacional precisa focar na preparação de igrejas, na mudança de suas mentes e visões. A MEAN precisa concentrar o seu melhor recurso e argumento para alcançar pastores e presbíteros, combinando ações com as MEARs. Será um desafio hercúleo! Precisa existir um Planejamento Estratégico bem definido para isso.


Podemos destacar alguns passos básicos nesta nova fase:

⦁ Propalar, em alto e bom som, que não serão mais atribuições de MEAN e MEARs de abrirem novas igrejas.

⦁ Que os recursos destas Casas devem ser para conscientização de um novo programa que retorne aos primeiros anos de ICEB quando igrejas plantavam novas igrejas.

⦁ Estruturar a Secretaria Nacional e esta as Secretarias Regionais para coordenarem ações e montarem um banco de dados.

⦁ Definir um projeto nacional para plantação de igrejas e oferecer variações de projetos outros que atendam às necessidades da heterogeneidade denominacional, porém, todos os dados são canalizados nas Secretarias.

⦁ Imediata disponibilidade de programa de treinamento e capacitação das igrejas, por cursos presenciais regionais e EAD nacional, mídias (YouTube, Facebook, Instagram, Whatsapp, Twitter, TikTok), literatura específica, currículo educacional específico pela Editora, Fóruns presenciais e online, Congressos, Convenções Nacional e Regionais.

⦁ Canalização dos recursos financeiros e humanos a curto, médio e longo prazos.

⦁ Uma só linguagem. Uma só visão. Um só foco.


Não há outro caminho. Ou a ICEB retorna às origens, e posso afirmar, ao princípio bíblico de abertura de novas igrejas ou correremos grande impacto de descontinuidade vocacional ministerial e missionária, de liderança autóctone, de visão de multiplicação, de evangelização, enfim, de valores tão sólidos que o texto bíblico nos traz.



A Década 2021-2030 precisa ser para o retorno às origens bíblica e histórica de nossa Denominação.

Estes desafios devem ser compartilhados por outras igrejas, mesmo respeitando suas diferenças organizacionais. É imprescindível que haja uma autocrítica e que se destaquem pontos históricos deste processo de expansão apresentando passos que podem ser dados para restaurar uma ação evangelizadora e multiplicadora. Eis um bom desafio ao leitor!


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