PBPI 05 - Mudança de Paradigmas
MUDANÇA DE PARADIGMAS

Por inúmeras vezes já ouvimos ou lemos sobre quebrar e mudar paradigmas. Também é comum a expressão “sair da zona de conforto”. Estas são atitudes que não são um clichê neste assunto de Plantação de Igrejas.
Já há muitos anos estamos com iniciativas pela MEAN e pelas MEARs para abertura de novo campos. Este paradigma instalado trouxe seus resultados, mas creio que estamos desviando do propósito bíblico para a expansão do Evangelho.
Precisamos retornar para o modelo original de plantação de igrejas, bíblico e histórico na ICEB, que é igreja abrindo igreja, utilizando-se dos seus maiores recursos que são seus membros locais e sua liderança local.
Não quero com isso sugerir todo o cancelamento dos programas denominacionais. Vejamos algumas formas que usamos e que se tornaram padrão para as nossas ações:
⦁ Investimento direto da MEAN com programa de redução programada a cada ano.
⦁ Parceria MEAN-MEAR com coparticipação escalonada.
⦁ Ação direta da MEAR abrindo e mantendo o campo.
⦁ Consórcio de igrejas coordenado pela MEAR ou pela igreja-mãe.
⦁ Campanha nacional para compra de terreno e construção do templo.
⦁ Definição do pastor que abrirá o campo.
⦁ O programa vai depender de alto sustento por muitos anos.
⦁ Precisa dar certo, caso contrário proporciona alto grau de frustração.
Não é difícil notar as diferenças com o PBPI:
⦁ MEAN e MEAR não investem na nova igreja.
⦁ Não há consórcio de igrejas.
⦁ A igreja-mãe não se preocupa com recursos para terreno nem templo.
⦁ Mesmo tendo obreiros formados na igreja, não necessariamente se começa a nova igreja com eles. Contratar um obreiro para isso não é prioridade.
⦁ O começo é nas casas e assim será até que o grupo de novos crentes, de acordo com as avaliações e aprovações do Conselho Espiritual, sintam a necessidade e a oportunidade de alugarem um local para suas reuniões a partir do segundo ano, e isto após a convergência de vários fatores.
⦁ Não se prioriza compra de terreno e construção (por sinal, inviável nos grandes centros por seus altíssimos preços e pesada legislação). O PBPI sugere que, quando chegar o momento, sejam alugados espaços para reuniões.
⦁ Como é um viveiro, se os resultados da evangelização forem tão pequenos em número de convertidos, nada será lamentado, pois a integração na igreja-mãe já está feita, e isto já é sabido desde seu planejamento inicial. Assim, não há nenhuma frustração nem sentimento de fracasso.
⦁ No planejamento inicial, o Conselho já define se se pensa em nova igreja ou se a Base será para integração de novos membros na igreja-mãe.
É interesse saber que uma igreja pode preparar seus membros para serem testemunhas ativas do Evangelho. Aliás, este não é o mandamento bíblico?
Então, o que de fato está nos fazendo manter paradigmas que sequer são a base de nossas origens? Os tempos mudaram? Sim. A sociedade mudou? Sim. Mas os princípios bíblicos não mudaram; são o caminho para o retorno aos paradigmas de nossos pais denominacionais. Não estou falando aqui de costumes; antes, de voltar a olhar o que a Bíblia traz. E ainda temos novas ferramentas, nova literatura, facilidades que nossos pais denominacionais não tiveram; temos a internet a nosso favor; a comunicação sofreu um upgrade favorável. Então, voltemos à Bíblia!