PBPI 07 - Ciclo Virtuoso de Mateus 28.18-20
CICLO VIRTUOSO DE MATEUS 28.18-20

“Então, Jesus aproximou-se deles e disse: ‘Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu ordenei a vocês. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos’.”
Mateus 28:18
Quando se pensa em Plantação de Igrejas vem à mente uma dezena de projetos e estratégias já testados e publicados, o que suscita imediatamente a pergunta: “Precisamos de mais algum ou deveríamos aproveitar os que aí estão?”.
Na verdade, eu sou a favor de que qualquer igreja, organização ou denominação sempre mescle as teses existentes e crie a sua própria. Enfim, projetos e estratégias devem ter a alma de quem as aplica, uma identificação natural e pessoal. Não se concebe pacotes prontos e comprados com lacre e implantados em contextos totalmente distintos de seu nascedouro. As teses devem estar abertas, disponíveis e sujeitas a adaptações frequentes. O que é melhor pra um, pode não ser ideal em outros ambientes.
Vou desenvolvimento uma tese sobre plantação de igrejas e sei dos desafios que cercam a iniciativa e estou ciente de que apenas serei um colaborador, ora para aceitação ora para execração. Quero apenas colaborar!
Os princípios que embasam e norteiam a Plantação de Igrejas não são novidades e sua autoria é divina. O que fazemos é aplicar nossa ótica e experiência para melhor propor uma praxis. Mas, já estão postos.
Aqui e acolá vejo inversões na ordem de aplicação destes princípios, propositais ou não. Então, deixarei aos entendidos sua defesa. Vou me deter ao texto bíblico e acreditar que havia um propósito básico quando Jesus apresentou esta sequência: IR – FAZER DISCÍPULOS – BATIZAR – ENSINAR. Eu chamo de CICLO por considerar sua natural retroalimentação.
É importante que percebamos a intenção de Jesus: a continuidade do IDE. Não fosse isso, e tudo se resumiria a um mandamento para um grupo específico, temporal e alocado a um espaço. Seriam aqueles discípulos os incumbidos de cumprirem o mandamento, somente eles. Os atraídos pela mensagem somariam-se a um grupo de espectadores e seguidores apenas. Mas sabemos que não é isso!
O grande significado da mensagem de Jesus nesta ordem está em que todo o processo construa na vida dos novos convertidos o mesmo impacto da ordem dada aos discípulos e, assim, os aderidos ao Evangelho seriam os propulsores que levariam a mensagem ainda mais longe. É preciso compreender que se chegou até nossos dias é porque, de alguma maneira, homens compreenderam esta essência e foram além de si mesmos, aliás, muito sangue foi oferecido no altar para que nos chegasse o Evangelho da salvação.
Entretanto, podemos refletir sobre dois aspectos: a mensagem que atrai para a salvação é complementada com todos os princípios bíblicos para levar à ação de propagação deste Evangelho, por parte daqueles que o receberam, para quantos puderem alcançar, e assim, estes outros, de igual maneira, são impactados. Então, (1) por que existe inação, na maioria das vezes, daqueles que são os novos receptores das Boas Novas, e só uma minoria cumpre o ciclo virtuoso? (2) Estaria na forma errada, equivocada, incompleta, rasa, desvirtuada, indireta, displicente de ENSINAR? Vejamos que o ato de ensinar não é levar a pessoa a adquirir mero conhecimento pelo aprendizado mas “ensinando-os a obedecer a tudo o que eu ordenei a vocês”, enfim, o propósito de ensinar está na OBEDIÊNCIA do aprendiz. Assim, de duas uma (ou as duas!): ou não estamos ensinando do jeito certo, ou existe uma desobediência maior nos novos convertidos, já desde o novo nascimento, e não estamos conseguindo lidar com isso. Pior será se estivermos ensinando errado para pessoas desobedientes!
Enfim, o primeiro desafio dos quatro princípios está no último princípio: Ensinar o novo convertido a obedecer os mandamentos, TODOS, inclusive o IDE.